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1 22/10/2021 05:29

A Polícia Militar concluiu que a atividade executada pelo soldado Wesley Soares Góes, de 38 anos, não teve relação com a morte dele, depois de ser baleado pela PM após atirar contra policiais na região do Farol da Barra, em Salvador.

A informação foi divulgada pelo oficial encarregado pelo Inquérito Policial Militar (IPC) e corregedor adjunto da Polícia Militar, tenente coronel Agnaldo Ceita.

De acordo com o militar, a linha inicial de investigação, que considerava que a ação de Wesley Góes poderia ter sido causada pela rotina do soldado durante a pandemia em sua unidade, o que teria levado ele e outros policiais ao estresse, não foi confirmada.

Além disso, informações prestadas por familiares e colegas do soldado e um manuscrito de Wesley Góes foram analisados no inquérito. Também não foi comprovada que a motivação seria a conduta social e familiar do PM.

Segundo o inquérito, a família de Wesley Góes relatou que o soldado tinha boa relação com os familiares e uma situação financeira equilibrada.

Ainda segundo o coronel Agnaldo Ceita, um dia antes da morte de Wesley Góes, familiares observaram uma mudança comportamental do soldado. Com isso, eles fizeram uma atividade de lazer para diminuir o estresse do policial, que teria ficado tranquilo durante o período.

O Inquérito da Polícia Militar também confirmou que Wesley Góes tinha bom comportamento no trabalho e que não havia relatos de problemas psicológicos anteriores. Essas informações já tinham sido divulgadas anteriormente.

Sobre as questões técnicas durante a negociação e a troca de tiros que terminou com a morte de Weley Góes, a Polícia Militar concluiu que não houve excesso na estratégia da corporação. O coronel Agnaldo Ceita relatou que os tiros foram estratégicos.

De acordo com o corregedor adjunto, o soldado Wesley Góes foi alvo de tiros feitos por diversos policiais, que "agiram em legítima defesa própria e de terceiros". O oficial relatou que todos eles não precisavam de autorização para tomar a medida.

A PM também reafirmou a versão dos policiais, de que o soldado teria atirado na direção deles, antes de ser atingido. A perícia apontou também que mesmo atingido e caído no chão, Wesley Góes teria feito mais tiros.

Além disso, de acordo com o tenente coronel, o soldado apresentou comportamento hostil durante toda a negociação, o que levou os policiais a empregarem alternativas táticas do gerenciamento de crise.

Segundo Agnaldo Ceita, não houve uso de explosivos durante a situação, porque o fato poderia estressar ainda mais Wesley Góes. Os policiais também resolveram não atirar na mão do soldado, porque ele estava armado com ao menos três armas.

O oficial também relatou que foi pensada a possibilidade do uso de cães na operação, mas a possibilidade foi descartada, porque o soldado não se aproximava dos policiais. A tática é indicada quando o alvo está a cerca de 10 metros dos animais.

Segundo o corregedor adjunto, caso fosse tentado, o policial Wesley Góes poderia ter atirado nos animais. Durante o inquérito, foram analisados laudos de reprodução simulada, de registros audiovisuais, de exame cadavérico, de balística e dos veículos envolvidos.

Soldado Wesley

O soldado Wesley Góes trabalhava na 72ª CIPM, em Itacaré, no sul da Bahia. Ele estava noivo e morava na cidade onde trabalhava. Segundo a amiga e vizinha de Wesley, Daniela Pereira, ele era conhecido por ser uma pessoa alegre.

Outro amigo do soldado, Bruno Araújo também lembrou da personalidade alegre do policial e se recordou de que ele ficou muito feliz em ter passado no concurso da Polícia Militar, em 2008.

De acordo com a Polícia Militar, em 13 anos de serviço, Wesley nunca apresentou comportamentos que sugerissem problemas psicológicos.

 

 

 

 

g1Bahia

 

 







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