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1 06/05/2024 21:36

A mais famosa cafetina de todo o Recôncavo baiano, Renildes Alcântara dos Santos, conhecida como Dona Cabeluda, morreu nesta segunda (6), na cidade de Cachoeira. Proprietária de uma tradicional brega, Cabeluda morreu aos 80 anos, no hospital regional do município. A causa da morte ainda não foi divulgada. 

Dona Cabeluda nasceu em Itabuna, no sul da Bahia, e saiu de casa aos 12 anos porque era espancada pela família.

A fuga de casa incluiu o casamento com um homem de 30 anos, que assumiu o papel de agressor. Teve uma filha, cansou das surras. Separou, entregou a filha à família e ganhou o mundo.

Primeiro, vendendo bebidas na praia. Um dia, uma amiga a levou a um lugar e disse: “Aqui é um brega”. “Fiquei cabreira, mas me acostumei”, diz D. Cabeluda, que reclama apenas do fato de ter sido obrigada a beber, por donos e donas de bordéis, no início da sua vida profissional.

Aracaju, Feira de Santana e Candeias estiveram na rota até que, em Cachoeira, encontrou seu lugar. As surras na infância e o sofrimento por ser obrigada a ingerir álcool, sem gostar, são as únicas queixas, durante toda a nossa conversa. Todo o resto parece leve nas palavras da senhora que cuida do estabelecimento com mãos de ferro, não gosta de bagunça nem som alto, não permite drogas nem menores de idade e não cobra percentual das moças que trabalham no bordel.

D. Cabeluda é mãe, avó e bisavó. Além de três filhas biológicas, adotou outras oito crianças. Hoje é a matriarca de uma grande família. É ela quem faz a comida preferida da bisneta que sempre chora querendo um pouco mais do dengo da bisa. Dela, vieram os conselhos para que o filho “assanhado” voltasse para a esposa.

 

 

 

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