A Bahia terminou 2019 com a segunda maior taxa de desocupação do país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (14).
É considerado desocupação quando a pessoa está procurando trabalho, mas não encontra vaga. Com 17,2%, a Bahia ficou atrás apenas do Amapá, que teve taxa de 17,4%.
Segundo informações do IBGE, a taxa baiana foi bem maior que a média nacional (11,9%) e quase o triplo do índice de Santa Catarina (6,1%), estado com menor desocupação no país.
De acordo com o órgão, Salvador teve a taxa de desocupação de 15,2% no 4º trimestre do ano passado, praticamente igual à do trimestre anterior (15,1%) e também muito próxima à do 4º trimestre de 2018 (15,3%).
No ano passado, conforme o IBGE, a capital baiana teve taxa de desocupação média de 16,0%, praticamente repetindo a de 2018 (16,1%). Com isso, o município voltou a subir no ranking do desemprego, da 7ª taxa mais alta entre as capitais, em 2018, para a 3ª no ano passado.
No ranking do desemprego, Salvador ficou atrás apenas de Manaus/AM (17,8%) e Macapá/AP (17,3%) e igual a São Luís/MA, que também teve taxa de 16,0%.
Já a região metropolitana de Salvador apresentou pequena redução na taxa de desocupação, do 3º trimestre (16,7%) para o 4º trimestre de 2019 (16,4%). Também diminuiu em relação ao 4º trimestre de 2018 (17,3%).
Assim, a região metropolitana da capital baiana fechou 2019 com uma taxa de desocupação média de 17,6%, abaixo da média registrada em 2018 (18,8%) e a menor desde 2015 (quando havia sido de 15,8%).
Ainda assim, manteve-se com a 2ª maior desocupação entre as regiões metropolitanas pesquisadas na PNAD Contínua, inferior apenas à verificada na região metropolitana de Macapá (18,2%).
Procura de trabalho cresce
De acordo com o levantamento, a taxa de desocupação da Bahia em 2019 foi resultado, sobretudo, de um aumento mais expressivo da procura por trabalho do que o aumento do número de pessoas trabalhando.
Em 2019 o número de pessoas desocupadas no estado cresceu 2,3%, chegando a 1,202 milhão de pessoas, frente a 1,176 milhão em 2018. Isso representou mais cerca de 26 mil pessoas na fila da desocupação em um ano.
Ainda de acordo com o IBGE, o número de desocupados é 66,9% maior que em 2014, antes da crise, quando havia 720 mil pessoas procurando trabalho na Bahia.
G1