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1 21/06/2019 12:00

O adolescente de 12 anos, que fugiu de casa para morar nas ruas de Santo Antônio de Jesus, alegou que sofre maus tratos da família. A informação é do Conselho Tutelar de SAJ. A instituição, juntamente com o Ministério Público de Santo Antônio de Jesus e outros órgãos de proteção à Criança e ao Adolescente, se uniram para tentar resolver a situação.

Não se sabe ao certo o local que o garoto mora, mas ele diz que prefere morar nas ruas da cidade. Em entrevista ao repórter Tino Alves, da Rádio Andaiá FM, a presidente do Conselho Tutelar, a conselheira Joélia Barreto, informou que o adolescente sofrer maus tratos da família. “Não posso identificar o adolescente por questões sigilosas. A demanda chegou ao Conselho há um mês. Temos atuado dentro da situação e fizemos todos os encaminhamentos necessários a toda rede de proteção de Assistência Social. Encaminhamos ao Ministério Público também, onde foi feita duas audiências. Em todas as duas audiências o pai do adolescente estava presente. O menino relata sofrer maus tratos por parte da família”,disse a conselheira.

Ainda de acordo com a presidente do Conselho Tutelar, verificado, após apuração, que o adolescente não sofre maus tratos. “Em contato várias vezes com a família ficou evidenciado que o adolescente não sofre violência doméstica. A situação foi encaminhada ao MP na intenção de resolver. O adolescente esteve diante da promotoria em uma das audiências. Em algumas abordagens ao adolescente, o Conselho Tutelar esteva presente com a equipe do CREAS, psicóloga e assistente social, tentando de tudo para resolver essa situação”, garantiu.

Joélia Barreto ressaltou que adolescentes e crianças em situação de rua são encaminhados à alta complexidade. “Em situação de rua, o adolescente é encaminhado para a alta complexidade, depois ao CRAS – Centro de Referência da Assistência Social ou CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, onde serão tomadas as medidas de acolhimento, de proteção, de orientação para ver se possivelmente o adolescente é portador de alguma deficiência, distúrbio ou conflitos internos. Foi feito tudo isso e estamos trabalhando na expectativa de conseguir retira-lo de vez da rua, porque ele já foi para o acolhimento e fugiu três vezes”, informou. 

A conselheira tutelar Elza Lago relatou que é uma situação muito séria a fuga do adolescente da própria casa. “Está se tornando um problema sério devido às demandas que estamos tendo. No domingo passado o Conselho foi acionado e eu me apresentei com a Pastoral da Criança convencendo ele a levá-lo para casa, mas quando ele viu imediatamente a outra conselheira simplesmente comentou que estamos o ‘enrolando’ e que não iria para o Conselho Tutelar, porque a mãe dele já havia morrido e não queira saber de ninguém”, lamentou.

A conselheira pontuou que o adolescente disse que a vida dele 'estaria em situação de risco se fosse para casa'. “O garoto disse que seria melhor estar na rua do que estar com a família, mas não vemos nenhum direito violado dentro da família”, contou.

O Conselho Tutelar tem outro caso parecido com esse, que também envolve um adolescente. “Estamos em situação de bastante trabalho. Estamos montados no circuito da festa com cinco conselheiros tutelares no município. Temos plantões durante o dia. Não dormiremos durante esses cinco dias. Estaremos aqui para tentar fazer o melhor. Buscamos a compreensão da população. A situação do adolescente é presente e no momento não tem como o Colegiado fazer de conta que não existe. É um caso que é do Colegiado como todos os caso. O que desejamos é que essa situação se resolva porque ansiamos que o adolescente retorne para casa. O pai me informou que ele passou o dia procurando o adolescente e está preocupado”, ressaltou.

No início do caso, uma moradora acompanhou, deu banho no adolescente e disponibilizou uma boa alimentação. “Uma senhora encontrou o adolescente e cuidou dele. A população também tem acolhido. O interessante é que todos que tem o contato com o garoto, tente convencê-lo a voltar para casa e que informe ao adolescente que o Conselho Tutelar é parceiro, é amigo e é um órgão de proteção à criança”, finalizou.

 







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