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1 13/08/2019 11:47

A família, na minha humilde concepção, é o núcleo mais importante da sociedade, o berço da formação do homem, a responsável pelo convívio social e até da perpetuação do ser humano no mundo. Não consigo entender como ultimamente a família vem perdendo seu status na sociedade atual, cujas consequências são terríveis e maléficas, principalmente para os jovens que têm que enfrentar o mundo.

Volta e meia me deparo com algumas notícias de encontros familiares, como a que foi promovida no finalzinho de julho pela família Rocha, em Camacan (não me conformo com a grafia errada). Fico a perguntar e não sei que irá me responder como isso ainda acontece. Quem está na contramão da história? Os Rocha de Camacan ou a esmagadora maioria das famílias brasileiras?

Nos bastidores tomamos conhecimento das dificuldades que passam os organizadores desse tipo de evento, que propõe modificar toda uma rotina das pessoas envolvidas, muitas das quais residem em cidades, estados e, às vezes, países diferentes. O encontro da família Rocha pode ser tomado como exemplo, pois há cerca de 30 anos que vem sendo tentado e somente agora concretizado.

Se no primeiro foram pouco mais de 300 pessoas, o próximo, agendado para 2021, promete bater o recorde de participantes, devido ao sucesso do agora realizado. Muitos dos que não foram se mostram arrependidos por não terem participado, contam seus motivos e impedimentos e prometem se planejar com toda a dedicação, com a finalidade de abrilhantar o próximo evento.

Valeu pela alegria dos encontros e reencontros. Isso mesmo. Muitos dos parentes presentes sequer se conheciam e alguns nunca ouviram falar. O tio ganhou uma sobrinha com o casamento do sobrinho, os primos conhecem novos primos e a parentada aumentou consideravelmente. São uma só família, relembram o passado, são apresentados aos mais novos, de parentes passam a amigos.

A felicidade é uma característica da pessoa bem resolvida, que foi criado por uma família – seja natural ou adotiva –, aquela que lhe proporcionou todos os princípios e a inter-relação com a sociedade. Os mal resolvidos são aqueles infelizes que buscam desvalorizar a família como célula principal da sociedade, seja por pura ideologia adotada ou por ter recebido essas informações de forma errônea, desequilibrada, quando ainda em formação.

Como não pode haver um edifício sem base sólida, não pode existir uma pessoa com equilíbrio social sem ter o alicerce da família no período de seu desenvolvimento, com raríssimas exceções. Uma pessoa não herda somente as características genética de seus pais, mas, sobretudo, os princípios e valores repassados durante toda uma caminhada na formação de sua vida.

A perda da família pode ser considerada a causa maior da violência que grassa hoje em dia no mundo inteiro, com a perda de valores, o que faz embrutecer as pessoas, promover conflitos internos e externos. Na esteira desse comportamento desviado chegam as drogas, o terror da sociedade, responsáveis por tornar um ser humano um autômato, um pária, um mulambo humano.

Não é de hoje que os pais que não agem como chefes de família perdem o contato com seus filhos e, apesar de morarem na mesma casa, não se sentem responsáveis pela sua educação. Consideram – por ignorância ou descaso – a escola como o ente incumbido de educá-los, eximindo-se das atribuições do amparo e apoio até que se torne pronto para enfrentar o mundo.

É difícil mas não impossível reverter esse quadro de desequilíbrio por que passa a sociedade brasileira, revendo os conceitos familiares, a educação formal, a convivência em sociedade. São exemplos como esse da família Rocha – como muitas outras – em demonstrar sua afeição aos seus, que demonstram viver de bem com a vida, com um relacionamento sadio e respeito ao próximo.

Acredito que o mundo ainda tem jeito. Não abro mão de ser um otimista incorrigível!

*Radialista, jornalista e advogado


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